Raiz gigante foi colhida em Santa Maria do Oeste. Segundo especialista, feito é comum em plantações isoladas.

Uma mandioca de cinco metros de comprimento surpreendeu os donos de uma propriedade em Santa Maria do Oeste.

Em um vídeo gravado pela família, é possível ter uma ideia do tamanho: o agricultor Neri dos Santos mal consegue segurar a raiz.

A espécie foi encontrada enquanto os proprietários colhiam outras no quintal de casa. A gigante logo chamou atenção por conta da rama, que estava bem diferente das outras plantadas no terreno.

“Meus irmãos estavam junto, aí falei para tirarmos com jeito só para ver como era. Na verdade, são mais as criações que aproveitam, não costumamos comer muito”, explica Neri.

A mandioca gigante também chamou atenção de moradores da região. Neri levou a raiz para a casa dele em Pitanga, para tratar dos porcos. Mas, ao descarregar do carro, ela quebrou.

Agora, parte será levada para a Secretaria de Agricultura de Santa Maria do Oeste e outra parte ficará para pesquisadores.

Se antes a intenção era deixar a mandioca para os porcos, a repercussão fez a família mudar de ideia.

“Falei que ia tentar cozinhar um pedaço para comermos e o resto ia para a criação. E aí disseram, ‘você está louco? Deixe essa mandioca, está muito bonita’. E eu falei que não tinha como deixar. Mas é muito bonita mesmo, uma coisa muito boa. E depois é uma história para a ‘velhinha’, para minha mãe", conta Neri.

Dona Divercina dos Santos, mãe de Neri, foi quem plantou a mandioca há cerca de quatro anos, quando outro filho dela levou a rama para a propriedade deles.

“Eu planto de tudo, mandioca, batata, milho, abóbora... A semente que tem eu planto. Isso aqui eu que carpi tudinho”, ela diz.É o que ela gosta: mexer com todos esses tipos de plantações, no quintal mesmo.

“Quando chove, eu fico doente dentro de casa. Eu mexo com as plantas, com as flores. Eu não paro!”, ela diz.

A mandioca gigante também foi novidade para os especialistas da região. O técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) Inácio Baranhuk nunca tinha visto uma raiz do tipo tão grande por lá, mas ele diz que há diversos relatos de mandiocas com tamanhos diferenciados pelo Brasil. Segundo ele, isso é comum e, quanto mais tempo a mandioca ficar no solo, mais chances tem de crescer.

Apesar do tamanho, a mandioca não é indicada para consumo próprio, por não ter tanto sabor. E sendo um fenômeno diferente, a espécie pode ser importante até para pesquisadores.

“O ideal dela é de 8 a 12 meses, que são mandiocas com o paladar mais apropriado pra alimentação. Nesse tamanho também pode, mas é uma mandioca mais dura, é melhor pra fazer farinha ou pra consumo animal”, Baranhuk diz. Com informações do G1.

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